"Paola me surpreendeu com o pedido. Dei um beijo nela, as línguas se tocaram...ficamos alguns segundos sem dizer nada. A partir daquele dia começamos a namorar e tinha mais liberdade para apimentei nossas brincadeiras. Paola era “safadinha” e me provocava. Quando ela passava e eu dava tapas no bundão e jogava bolinha de papel dentro da sua blusa e perguntava:
- Posso procurar a bolinha de papel?
Ela ria e respondia:
- Procura e se encontrar tira daqui!
Não pensava duas vezes - procurava a bolinha e aproveitava para passar a mão nos peitos dela.
- Para Leo, você anda muito sem vergonha!"
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Um comentário:
O primeiro beijo em que houve contacto de línguas fica na lembrança.
Tinha eu, tanto como ela, 12 anos e já são passados 20. Duvido que ela tenha sido também o primeiro beijo, embora tivesse afirmado que nunca tinha beijado ninguém assim, mas foi ela que, quando os nossos lábios se uniram, procurou a minha língua.
Aconteceu com uma colega do 5º ano, fomos fazer um trabalho em conjunto na casa dela; em dado momento caiu uma esferográfica, ambos nos curvamos para a apanhar e os nossos rostos tocaram-se: foi como um toque mágico; olhamo-nos mutuamente, mas nem sei qual tomou a iniciativa, o certo é que de seguida procuramos os lábios um doutro e ao sentir a língua dela na minha foi como um choque elétrico; que sensação inesperada e tão deliciosa foi, que as nossas línguas se enrolaram uma na outra. Olhamo-nos, olhos nos olhos quando ela perguntou: gostas-te? Muito! Nunca assim tinha beijado. Eu também não, mas foi bom, foi? Mais que bom foi delicioso. Quando houver oportunidade repetimos. Durante esse ano algumas vezes repetimos, mas no ano seguinte eu mudei de escola, terminando portanto a troca de beijinhos.
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