MIKAELA, ex-GP de LUXO, 24 anos, Nasceu e cresceu em São Paulo, adoro essa cidade, pois aqui encontra tudo o que mais gosta: culinárias variada, as melhores bebidas, roupas e sapatos de grifes, (que adora) gente rica, elegante e MUITO safada. No seu blog:
"Delírio Intenso dos Sentidos" relata seus encontros sexuais, enquanto ainda era uma GP (garota de programa) de LUXO.
Cada minuto me interessa demais. Tenho certa pressa em sentir tudo. NUNCA me acomodo com o que me incomoda. TRANSO muito, fumo, bebo e falo palavrão: sempre que EU tenho vontade. Faço o que mais gosto e não me preocupo com a opinião alheia. Curto teatro, cinema, a dança, música, boa leitura etc. Etc. Eu VIVO essa porra de vida, sem medo de ser FELIZ. Ah, SEXO sempre moverá o meu mundo. Simplesmente A-DO-RO sexo. Abandonei a minha profissão por um AMOR totalmente correspondido. Agora, eu sou uma ex-GP (garota de programa) de LUXO. Oh yeah! Sou apenas do meu MARIDO. Sim, eu já me CASEI - Janeiro de 2011. “Decifra-me, mas não conclua. Eu posso te surpreender.” (Clarice Lispector)
LEO: Prostituta, Puta ou Garota de Programa - GP?
MIKAELA: Eu poderia responder que tanto faz, pois independente da maneira como a mulher (que vende sexo) é chamada, isso não exclui o fato de que ela vende SEXO. É prostituição. Mas eu era uma GP de luxo. Muitas pessoas dizem que o termo “GP de luxo” é pura frescura, mas uma das diferenças marcantes: é o preço. Não apenas, pois é preciso muito mais. É preciso valer cada $$$ cobrado, fazendo o cliente te desejar cada vez mais, até ficar viciado em você. Ah, sim! O sexo bom vicia.
LEO: Para ser puta precisa ter vocação ou é "um bico temporário"...
MIKAELA: Não basta apenas querer se prostituir. Para vender sexo a mulher precisa primeiro gostar muito de sexo. Precisa ser livre de preconceitos, ser totalmente segura dos seus ideais, além de ser bonita, gostosa, boa de cama, inteligente, esperta e de preferência ser bissexual. Cada parte do seu corpo (cabelo, pele, unhas etc) precisa estar sempre: bem cuidado, assim como a sua saúde. Também precisa saber se comportar adequadamente em qualquer tipo de ambiente, com elegância e senso de humor. A cultura é fundamental, pois muitos clientes não desejam apenas sexo. Muitos desejam a sua companhia em restaurantes caros, festas variadas (da elite), teatro, viagens etc... Ser uma boa ouvinte e saber quando abrir a boca para dar um conselho, também são fatores importantes. Saber deixar os sentimentos de lado, isso é fundamental. E, tudo isso precisa estar em perfeito equilíbrio.
Pode até ser um “bico temporário”, mas ainda assim: precisa se enquadrar em tudo e talvez ainda mais, do que citei acima.
Escolhi essa profissão por motivos óbvios: gosto muito de sexo e de dinheiro, então eu resolvi unir o útil ao agradável. Ser bonita e gostosa facilitou TUDO
LEO: Há quanto tempo você trabalha como garota de programa e por que começou?
MIKAELA: Fui GP de luxo dos 17 aos 23 anos. Parei porque surgiu um sentimento inesperado, o amor, entre eu e um dos meus ex-clientes. Hoje ele é o meu marido.
Sexo sempre fez parte da minha vida, isso desde pequena. Com 10 anos beijei na boca pela primeira vez. Aos 11 anos eu já tinha um belo corpo de mulher, que foi se desenvolvendo ainda mais. Perdi a minha virgindade aos 14 anos, com um estudante de medicina, que tinha na época 21 anos. Eu o desejava e não me arrependo dessa decisão. Como “futuro médico”, ele me ensinou muito sobre: como evitar uma gravidez indesejada e como evitar DST. Namorei com o PHN por mais 3 anos, mas depois terminamos. Ele era rico, pretendia terminar os estudos no exterior. E, eu era apenas uma garota sem sobrenome reconhecido na elite de São Paulo. Rolou uma mágoa que julgo comum, mas passou. Tudo passa nessa VIDA, por isso eu VIVO intensamente cada minuto que posso. NÃO vou culpá-lo jamais pela minha escolha profissional, pois eu decidi ser GP de luxo.
Sou filha única. Meu pai era engenheiro mecânico e a minha mãe é pedagoga (se ainda estiver viva). Eu havia completado 15 anos quando perdi meu pai. Antes de completar 17 anos, minha mãe simplesmente me expulsou de casa. Isso porque ela encontrou na gaveta da minha cômoda: preservativos e um vibrador. Ouvi da minha própria mãe que eu era uma puta, pois não era mais “virgem”. NÃO, ela nem sequer me deixou falar. Eu ainda precisava terminar os últimos meses de colégio, mas isso não a impediu de me expulsar de casa e sem dinheiro algum.
Morei na casa dos pais de uma amiga até terminar o colégio. Aos 17 anos de idade fiz o meu primeiro programa. Logo surgiu o segundo e o terceiro…
Escolhi essa profissão por motivos óbvios: gosto muito de sexo e de dinheiro, então eu resolvi unir o útil ao agradável. Ser bonita e gostosa facilitou tudo, mas é preciso muito mais que isso para ser uma GP de luxo. Costumo dizer que sempre fui infinitas mulheres em um só corpo, em uma só alma. Sempre fui segura e decidida. Traço metas e faço acontecer. Um cliente totalmente “satisfeito” me indicava para outro. Assim, a minha agenda já não tinha mais vaga. Sempre fui muito seletiva e não transava se não sentisse desejo pelo cliente em questão. Criei uma espécie de “ligação especial”, com todos eles. Isso me rendia ainda mais dinheiro, com isso, ainda mais vontade de continuar na minha profissão.
LEO: Por que os homens, mesmo os que têm mulheres deliciosas, maravilhosas, procuram as prostitutas ou garotas de programa?
MIKAELA: Os motivos que os levam a procurar uma GP de luxo: são bem variados. É totalmente pessoal, sendo impossível generalizar. Citarei alguns motivos: o fato de ser exatamente “sexo pago” e “sem compromissos e cobranças” posteriores; a insatisfação sexual com seu atual parceiro (a); a timidez e também a impaciência para conquistar até levar para a cama; alguns complexos com alguma parte do próprio corpo ou com o seu desempenho sexual; o simples fato de que a pessoa adora “pular a cerca” para se auto-afirmar; o gosto por fetiches sexuais, dos quais o parceiro atual não aceita; alguns clientes são bissexuais, mas não tem coragem de se abrir com o parceiro; outros confiam mais em transar com uma GP (recomendada) do que tentar encontrar alguém ao acaso; há aquele que trabalha demais e opta por uma GP, assim ele controla a sua agenda; outros pagam “também” para conversar; outros realizam a fantasia de um ménage à trois (com o atual parceiro sexual, ou com mais uma GP); também existe aquele cliente que é viciado em sexo, mesmo tendo um parceiro sexual que tope tudo na cama: ele quer mais. Enfim, os motivos são muitos.
LEO: As mulheres também te procuram...?
MIKAELA: Sim. Eu tive muitas clientes. Algumas bissexuais e outras homossexuais. Como eu sou bissexual, então sempre topei os programas com mulheres, mas só com aquelas que despertavam o meu desejo. Sempre fui muito mais seletiva na escolha das mulheres.
LEO: Do que os seus clientes gostam: Sexo animal, sexo normal, fio terra ou conversar?
MIKAELA: De sexo mais violento (bondage), sexo normal (oral, vaginal e anal), fetiches variados, “fio terra”, usei muito dildo em homens e mulheres... Dependia do gosto de cada cliente. Nem todos os fetiches eu aceitava. Nunca fiz e nunca farei sexo com animais. É bizarro demais para mim, mas respeito quem curte.
A maioria me considerava uma espécie de “namorada”, inclusive eu ganhava presentes em datas comemorativas e fora delas também.
LEO: E essa coisa que GP não beija na boca pra não se apaixonar...Você já chegou a se envolver sentimentalmente com algum cliente?
MIKAELA: ahaha... Isso é mais um mito, meu querido. Pessoas não conhecem totalmente o universo das GPs de luxo, mas repetem algo tolo que ouviram por aí ou assistiram em algum filme. A maioria dos meus ex-clientes adorava o meu beijo. Exploravam a minha boca, com muito prazer. Alguns pagavam para me beijar até se sentirem saciados. Se apaixonar não depende apenas de estar entre os lençóis e beijar na boca. É preciso muito mais. Eu vendia sexo, apenas isso. Nunca me envolvi sentimentalmente por nenhum cliente, até encontrar o JP, que hoje é o meu marido. Mas muitos clientes se apaixonaram por mim. A maioria me considerava uma espécie de “namorada”, inclusive eu ganhava presentes em datas comemorativas e fora delas também. Com clientes que se apaixonavam, eu só riscava da minha lista de clientes fixos, acaso sentisse que já estava virando uma obsessão, que pudesse vir a me prejudicar. Caso contrário, então eu até curtia o fato de ser a “paixão” de alguém.
LEO: As menina bonitas, universitárias, da classe média, que decide ser garota de programa... Essa é uma forma rápida e "divertida" de ganhar dinheiro?
MIKAELA: Não sei. Depende do que elas chamam de diversão. E, depende de quanto elas são capazes de ganhar dinheiro vendendo sexo.
LEO: Sexo pago é bom porque no final das contas sai mais barato e o cara ainda pode variar?
MIKAELA: Mais barato? Ah, eu te garanto que um programa comigo não saía nada barato. Mas se você pensar que “casar” sai muito mais caro, então aí eu concordo. Evidente que cada GP cobra o seu preço, sempre baseado no que ela pode oferecer e no que os seus clientes podem pagar. Poder variar no sexo é sempre algo bem-vindo.
LEO: Sexo pago é sexo descompromissado, no final não existem cobranças e não se discute a relação.
MIKAELA: Sim e não. Como eu tinha clientes fixos, então nós tínhamos um “vínculo especial”, de confiança mútua. Para tudo nessa vida é preciso certo compromisso. O cliente precisava honrar o valor combinado e também as regras estipuladas antes do encontro. Eu precisava fazer valer cada dígito pago, não julgá-los e ao encontrá-los em qualquer lugar: fingir que jamais o conheci nessa vida. Há compromisso sim, Léo, mas nunca do tipo “ligar” ou exigir “sentimentos”. Aliás, homem odeia mulheres que ligam o tempo todo, que provocam DR por ciúme infundado, que vasculham suas agendas, celulares etc. Eles sabem que vocês fazem tudo isso e detestam. Fiquem espertas, meninas. É só uma questão de tempo para que ele termine com você. [risos].
LEO: Para vc tem alguma diferença entre uma GP e uma mulher que casa por interesse com um cara cheio da grana?
MIKAELA: Aquela que conseguiu se casar é a mais esperta. ahaha...
Estou brincando. Ah, cada qual que cuide da sua vida. Não tenho hábito de ficar julgando e condenando.
LEO: "Procuro as GPs porque sou casado, porém minha esposa fica até um mês sem me procurar, ou me dar uma chance, vivemos bem, muito bem, mas em se tratando de sexo, a coisa fica meio fraquinha". Qual o conselho que vc daria para a mulher desse cara?
MIKAELA: Isso é muito pessoal. Não conheço a intimidade desse casal, então minha opinião será vaga demais. Será que ele manda bem na cama? Será que ela gosta de sexo? Será que os dois têm uma “química” boa entre os lençóis? Será...? São suposições que precisam de uma resposta verdadeira por parte de cada um dos parceiros. Mas um conselho perfeito para qualquer casal: é o diálogo franco. Sem brigas, apenas compartilhando os medos, os gostos, fantasias, desejos, inseguranças etc. O casal precisa se entender como um todo. Isso inclui também a vida sexual.
Eu acho sexo bom demais, não vivo sem. E nunca vou deixar o meu marido sentir falta dos prazeres que eu sou capaz de lhe proporcionar. E vice-versa.
LEO: "Não pago somente para que essas respeitáveis mulheres se desloquem até a minha casa. Pago caro, sim, pela possibilidade de poder mandá-las embora na hora em que eu bem entender”
O que vc acha disso?
Normal. Pagando o valor que já havíamos estipulado e que inclusive já estava depositado na minha conta um dia antes do encontro, então pode me mandar embora: se não desejar mais me ver na sua frente. Sem mágoas. [risos].
LEO: Ainda é comum o homem iniciar sua vida sexual com uma prostituta. Quantos "cabacinhos masculinos" vc tirou? E como é? Um garoto de 14 anos iniciar a vida sexual com uma GP é pedofilia?
MIKAELA: Nunca fiz sexo com menores de idade.
LEO: O que você não faz em um programa?
MIKAELA: Nunca aceitei fetiches bizarros e transar com algum animal. Basicamente aceitava tudo, desde que me desse tesão também. Como já disse, eu nunca aceitei um cliente que não despertasse em mim: desejo.
LEO: Um programa legal é..
MIKAELA: Quando ambos (ou todos os envolvidos) se satisfazem completamente. Gozos, gozos e mais gozos.
LEO: Um programa engraçado foi...
MIKAELA: O cliente que era pastor de uma igreja bem conhecida, que eu não vou dizer qual, mas que TODAS as vezes que transava comigo REPETIA na hora do gozo: - Oh Criador do céu e da terra, eu estou purificando essa alma PERDIDA, que precisa muito ser PURIFICADA.
Com a rola SANTA dele? Sei. risos!!
Confesso que a primeira vez que ele bradou ofegante essa pérola: eu precisei afundar a cara no colchão para conter o meu riso, pois ele falava no SENHOR, e socava o pau TODO dentro da “alma perdida”.
LEO: Um programa que gosto de lembrar...
MIKAELA: Muitos. Relato alguns aqui no meu blog:
Delirio Intenso dos SentidosLEO: Um que quero esquecer...
Contei no post -
“Meus instintos libidinosos: falharam.” LEO: O ultimo programa foi...
MIKAELA: Foi com o JP, que hoje é meu marido. Nem preciso dizer que foi mais que perfeito. Ser pedida em casamento pelo homem que amo, foi simplesmente sublime.
Hoje, fazemos amor. Ah, isso foi brega, né? Mas o amor nos deixa assim mesmo. E eu adoro tudo isso. risos